terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Soneto da escuridão


Fechei os olhos para não enxergar
E, de olhos cerrados, pude ver o escuro
Imaginei novos sorrisos pelo ar
Ouvi vozes, e um insistente murmúrio

Mas não esperava ver estrelas
E, subitamente, brilhos em meu olhar
Encantaram-me ao ver no céu centelhas
Frágil, pus-me a chorar, como imaginar?

Fechei-me do mundo, e de repente
Deparo-me com grande e tal beleza
Por fim, brota em mim desejo ardente

De revelar o maior segredo da natureza
Oh, mas quem sou, quem sou eu?
Nada no mundo, nem o sonho, é meu.

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